quinta-feira, 3 de maio de 2007

Estados de Espirito

2:23 da manhã e a vontade frenetica de escrever acentua-se faz agora cerca de uma hora e um quarto que o mundo para mim parou nao no sentido literal da palavra mas parou no sentido em que a perfeita rotação dos seus eixos mudou para mim, sinto-me desconjurado e perfeitamente desalinhado com a realidade deste mundo, um mundo em que já raramente me revejo, sinto de uma forma intensa um vazio que apesar de ser ocupado por fumo nao deixa de me apertar o peito, os meus pequenos pulmões quais pequenas ameixas murcham e mirram nao se enchem de ar mas antes comprimem-no e isso causa uma ligeira picada que é a dor de respirar, mas antes essa do que a ensurdecedora que vive dentro de mim desde à uma hora e meia essa é a dor do que antes foi felicidade e acredito que nao existirá pior dor do que essa pois é a alma que encolhe é o espirito que ja nao é grande e altivo, nao é o coração que bate como um cavalo Árabe esse bate lentamente quase sem se ouvir ou sentir " o coração quando se fecha faz mais barulho que uma porta" já dizia António Lobo Antunes e tão bem que o oiço por aqui, a vida mata o amor e esta dor sem ficar magoado mata-me a mim lentamente sempre que expiro e inspiro e que cansado estou eu de fazer isso...

O que me doí nao é o que se passa nos nossos corações mas sim o futuro que daí nunca virá tudo o que nunca existirá isso sim é a verdadeira dor inimaginavel as 2:41 desta manhã.

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