domingo, 6 de maio de 2007

Vejo-te…

São sempre tão compridos os dias quando não te vejo e tão curtos os breves momentos em que as minhas pupilas se dilatam quando a tua imagem nela se reflecte apesar de conseguires sempre fazer parar os ponteiros do relógio ou mesmo de os fazeres andar para trás, nem sempre preciso de te ver porque o sentimento que me acompanha também me mostra coisas que mais ninguém vê e eu vejo-te a trabalhar a espalhar a tua magia por onde passas vejo-te a acordar e a abrir os olhos para a claridade que irrompe pela janela, vejo-te a passear a absorver os raios de sol sentada a deliciares-te com um bolo de arroz, são sempre compridos mas sempre cheios, porque mesmo sem estares aqui, os enches com a tua voz com o teu sorriso e magia escondida num gesto, num passeio, num toque de mãos ou num ultimo abraço, por isso vejo-te mesmo sem te ver, sinto-te, por isso não corras, não te apresses, não partas o vidro do relógio antes da hora, não te entristeças com a distância nem sintas pena de mim por te esperar tanto, porque te consigo ver no teu dia a dia mesmo com os meus olhos fechados e como Chet Baker canta “I guess i`m luckier than some folks/ I knew the thrill of loving you”

Pedro Carreira

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